Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que está havendo ação patogência do mesmo. Entretanto, essa ausência de patogenicidade é rara, de curta duração e, muitas vezes, depende da fase evolutiva do parasito. Em geral, os distúrbios que ocorrem são de pequena monta, pois há uma tendência de haver um equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro. "A doença parasitária é um acidente que ocorre em consequência de um desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito. " "O grau de intensidade da doença parasitária depende de vários fatores, dentre os quais salientam: o número de formas infectantes presentes, a virulência da cepa, a idade e o estado nutricional do hospedeiro, os órgãos atingidos, a associação de um parasito com outras espécies e o grau da resposta imune ou inflamatória desencadeada." Em verdade, a morte do hospedeiro representa também a morte do parasita, o que, para este, não é bom...Dessa forma, vê-se que a ação patogênica dos parasitos é muito variável, podendo ser assim apresentada:
- AÇÃO ESPOLIATIVA
Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. É o caso dos Ancylostomatidae, que ingerem sangue da mucosa intestinal (utilizam esse sangue para obtenção de Fe e O2 e não para se nutrirem dele diretamente) e deixam pontos hemorrágicos na mucosa, quando abandonam o local da sucção. Outro exemplo é o mosquito.
- AÇÃO TÓXICA
Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Exemplos: as reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. lumbricoides, as reações teciduais (intestino, fígado, pulmões) produzidas pelas secreções no miracídio dentro do ovo do S. mansoni etc.
- AÇÃO MECÂNICA
Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Assim, o enovelamento de A. lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G. lamblia, "atapetando" o duodeno etc.
- AÇÃO TRAUMÁTICA
É provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. Assim, a migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae; as lesões hepáticas pela migração da F. hepatica jovem; as úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostomatidae e T. trichiura; o rompimento das hemácias pelos Plasmodium etc.
- AÇÃO IRRITATIVA
Deve-se à presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Como exemplo, temos a ação das ventosas dos Cestoda ou dos lábios dos A. lumbriocoides na mucosa intestinal.
- AÇÃO ENZIMÁTICA
É o que ocorre na penetração da pele por cercárias de S. mansoni; a ação da E. histolytica ou dos Ancylostomatidae para lesar o epitélio intestinal e, assim, obter alimentos assimiláveis etc.
- ANÓXIA
Qualquer parasito que consuma o O2 da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada. É o que acontece com os Plasmodium ou, em infecções maciças, pelos Ancylostomatidae.
Fonte: Parasitologia humana / [editor] David Pereira Neves. - 11. ed. -
São Paulo Editora Atheneu, 2010.
pessimo tu pedi uma coisa eles dao outra
ResponderEliminarpessimo tu pedi uma coisa eles dao outra
ResponderEliminarPra mim foi bastabte útil !!
ResponderEliminarAdorei! Foi muito útil na organização dos meus estudos!
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarótimo,me foi útil!! :)
ResponderEliminarPerfeito !
ResponderEliminarMuito bom
ResponderEliminarmuito bom
ResponderEliminarmuito bom
ResponderEliminarexcelente
ResponderEliminarmuito legal!
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