CONCEITO E AGENTE ETIOLÓGICO
É uma infecção causada pelo
Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório a vagina
e a uretra. Sua principal forma de transmissão é a sexual. Pode permanecer
assintomática no homem e, na mulher, principalmente após a menopausa. Na
mulher, pode acometer a vulva, a vagina e a cérvice uterina, causando
cervicovaginite.
Sinais e sintomas:
corrimento abundante, amarelado
ou amarelo esverdeado, bolhoso, com mau-cheiro;
prurido e/ou irritação vulvar;
dor pélvica (ocasionalmente);
sintomas urinários (disúria,
polaciúria); e
hiperemia da mucosa, com placas
avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa; teste de
Schiller "onçóide").
Observações:
Mais da metade das mulheres
portadoras de tricomoníase vaginal são completamente assintomáticas.
O simples achado de Trichomonas
vaginalis em uma citologia oncótica de rotina impõe o tratamento da mulher e
também do seu parceiro sexual, já que se trata de uma DST.
A tricomoníase vaginal pode
alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos em que houver
alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas à tricomoníase.
Nesses casos, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3
meses, para avaliar se há persistência dessas alterações.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Para o diagnóstico das infecções
genitais baixas, utiliza-se comumente o exame direto (a fresco) do conteúdo
vaginal. Colhe-se uma gota do corrimento, coloca-se sobre a lâmina com uma gota
de solução fisiológica, e observa-se ao microscópio, com o condensador baixo.
Exame do conteúdo vaginal a
fresco: observam-se os parasitas flagelados movimentando-se ativamente
entre as células epiteliais e os leucócitos.
Esfregaço do conteúdo vaginal
corado pelos métodos de Gram, ou Giemsa, ou Papanicolaou.
Cultura: valiosa apenas em
crianças, em casos suspeitos e com exame a fresco e esfregaço repetidamente
negativos. É muito difícil de ser realizada pois requer meio específico e
condições de anaerobiose (meio de Diamond).
Teste do pH vaginal: é um
teste simples e rápido, feito com uma fita de papel indicador de pH colocada em
contato com a parede vaginal, durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não
tocar o colo, que possui um pH básico, o que pode causar distorções na
interpretação; valores acima de 4,5 sugerem tricomoníase.
TRATAMENTO
Metronidazol 2 g, VO, dose única,
ou
Tinidazol 2 g, VO, dose única; ou
Secnidazol 2 g, VO, dose única;
ou
Metronidazol 250 mg, VO, de 8/8
horas, por 7 dias.
DiagnósticoNo caso das mulheres,
o diagnóstico geralmente estabelece-se em poucos minutos, examinando uma
amostra da secreção vaginal ao microscópio. No caso dos homens, é necessária a
coleta de secreção uretral por meio de Zaragatoa ou alça de platina,
preferencialmente pela manhã, quando a secreção é mais abundante. A massagem
prostática pode auxiliar na sua detecçaão. O material deve ser analisado
imediatamente. Concomitantemente, devem ser efetuadas análises para outras doenças
de transmissão sexual, cujo risco de contágio acompanha o da tricomoníase (Como
Sífilis, HIV, Gonorréia e Hepatite B).Em ambos os sexos, pode fazer-se também o
diagnóstico através da coleta de urina de primeiro jato, a qual é imediatamente
concentrada por meio de centrifugação, e analisada em preparações a fresco à
microscopia óptica (o parasita tem aspecto e motilidade característicos) ou em
preparações coradas.
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