quinta-feira, 16 de maio de 2013

ANCILOSTOMIASE

A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc.
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.
A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas filarióides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem.


Ciclo de Vida
Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do Necator americanus põe 9 mil). Encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade), tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão.
A larva assim originada denomina-se rabditóide. Abandona a casca do ovo, passando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarióide infestante.
Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filarióides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões.
Depois, perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas.
Outra contaminação é pela larva filarióide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual, se é ingerida oralmente, alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente.

Ciclo de vida detalhado
 
1- As larvas penetram ativamente através da pele, atingem a circulação e executam uma viagem semelhante àquela realizada pelas larvas da lombriga, migrando do coração para os alvéolos pulmonares.
2- Dos alvéolos, seguem para os brônquios, traquéia, laringe, faringe, esôfago, estômago e intestino delagado, local em que se transformam em adultos.
3- Após acasalamento no intestino, as fêmeas iniciam a posturas dos ovos, que, misturados as fezes, são eliminados paara o solo. A diferença em relação à ascaridíase é que, neste caso, os ovos eclodem no solo e liberam uma larva.

4- Em solo úmidos e sombrios, as larvas permanecem vivas e se alimentam. Sofrem muda na cutícula durante esse período.

Sintomas
No local da penetração das larvas filarióides, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). No decurso, pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões). Em seguida, surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca destes vermes. Estas hemorragias podem durar muito tempo, levando o indivíduo a uma anemia intensa, o que agrava mais o quadro.
Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia (desnutrição profunda), amenorréia (ausência de menstruação), partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento.

Prevenção e Tratamento
As principais medidas de prevenção consistem na construção de instalações sanitárias adequadas, evitando assim que os ovos dos vermes contaminem o solo; uso de calçados, impedindo a penetração das larvas pelos pés. Além do tratamento dos portadores, é necessária uma ampla campanha de educação sanitária. Caso contrário, o homem correrá sempre o risco de adquirir novamente a verminose.

No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o befênio; também são eficazes o pirantel, mebendazol e tiabendazol.

ASCARIDÍASE


A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário.

 
Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.

A contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.


No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas juntamente com a tosse ou muco; ou, ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino. Lá, reproduzem-se sexuadamente, permitindo a liberação de alguns dos seus aproximados 200 mil ovos diários, pelas fezes, propiciando a contaminação de outras pessoas.

Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática.

Para diagnóstico, é necessário que se faça exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste animal. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica.

Quanto à prevenção, ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, não defecar em locais inapropriados, dente outras, fazem parte desta lista.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

TAENIA X CISTICERCOSE


O que é teníase e o que é cisticercose?
São duas doenças distintas com sintomas e epidemiologia totalmente diferentes,
apesar de serem causadas pela mesma espécie de cestódeo (parasita).
A teníase é causada pela Taenia solium e/ou pela Taenia saginata, também conhecida
como “solitária”.
Já a cisticercose é causada pelas larvas dessas espécies de parasitas.

Como se transmite?
O homem é o hospedeiro definitivo e consequentemente a principal fonte de infecção
deste parasita, sendo responsável pela transmissão aos animais e a si próprio.
Teníase – é adquirida através do consumo de carne crua ou insuficientemente cozida
contendo os cisticercos (larvas).
Cisticercose – através do consumo de alimentos contaminados com os ovos da tênia, frutas,
verduras, hortaliças que não são higienizados corretamente, através do consumo de água
contaminada, ou ainda, no homem com teníase pode haver a auto-infestação já que os ovos
podem ser encontrados nas mãos do hospedeiro, na região perianal (ânus) e perineal, nas
roupas e até mesmo na mobília da residência.

Ciclo evolutivo

 Teníase – a teníase é adquirida pelo homem quando ele ingere carne o cisticerco (larva) e este
evolui para a forma adulta no intestino delgado. O verme adulto se fixa e começa a expelir os
ovos e proglótides, que são excretados nas fezes humanas e podem contaminar o solo, a água
e os alimentos.

Cisticercose – Ao ingerir ovos viáveis da tênia, estes chegam ao estômago e liberam o
embrião que atravessa a mucosa gástrica, vai para a corrente sanguínea e se distribui pelo
corpo, pode alcançar diversos tecidos (músculos, coração, olhos e cérebro) aonde irá se
desenvolver o cisticerco (larva). Ao atingir o cérebro causam a Neurocisticercose, que é a
forma mais grave da infecção.

Quais os sintomas?

Teníase – Pode causar desconforto abdominal, náuseas, vômitos, diarréia ou constipação,
cólicas intestinais, alterações no apetite, além de mal estar geral, indisposição, fadiga fácil,
perda de peso. Além de sinais nervosos como insônia, irritabilidade e inquietação.
Cisticercose - Pode ser assintomática ou apresentar sintomas como cefaléia, convulsões,
hipertensão craniana, entre outros. As manifestações clínicas da Cisticercose dependem da
localização, do tipo morfológico, do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de
desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. Podendo
apresentar complicações como deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outras.

Qual o tratamento?
A teníase possui tratamento terapêutico, já para a cisticercose não se conhece
nenhum procedimento terapêutico eficaz e seguro no homem ou nos animais.
- A ÚNICA MEDIDA EFICAZ AINDA É A PREVENÇÃO 

-Como se prevenir?
· Não ingerir carne crua ou insuficientemente cozida, ou ainda, proveniente de abate
clandestino, sem inspeção oficial.
· Consumir apenas água tratada, fervida ou de fonte segura.
· Lavar bem as mãos, principalmente após usar o banheiro e antes das refeições.
· Lavar bem os alimentos como verduras, frutas e hortaliças com água limpa.
· Irrigar hortas e pastagens com água limpa e não adubar com fezes humanas.
· Construir sanitários com fossa séptica.
· Realizar o tratamento dos efluentes de esgotos de forma adequada para que estes não
contaminem o solo, a água e os alimentos.
· Fazer periodicamente exames de fezes em moradores de área rurais.

Observações sobre a teníase/cisticercose
O suíno não causa cisticercose no homem. O homem é que causa cisticercose no
suíno.
Um homem com teníase é uma importante fonte de transmissão de cisticercose e
de teníase.
O suíno não é fonte de transmissão, apenas participa do ciclo da doença que é
transmitida a ele pelo homem.
O homem não adquire cisticercose ao ingerir carne bovina ou suína crua ou mal
passada, mas pode adquirir a teníase se não tomar os devidos cuidados.
Os suínos e bovinos não possuem a tênia ou “solitária”, apenas o homem possui a
fase adulta.
Se não houver pessoas com teníase, não haverá cisticercose nos suínos e bovinos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Campanha de Vacinação contra H1N1



"Quem ama cuida.
Se proteja e proteja quem você ama.
Vacine-se contra H1N1.
Quanto mais prevenção, mais proteção.
Fique de olho no calendário de vacinação."


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domingo, 24 de março de 2013

TRICHOMONAS VAGINALIS



CONCEITO E AGENTE ETIOLÓGICO
É uma infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório a vagina e a uretra. Sua principal forma de transmissão é a sexual. Pode permanecer assintomática no homem e, na mulher, principalmente após a menopausa. Na mulher, pode acometer a vulva, a vagina e a cérvice uterina, causando cervicovaginite.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Sinais e sintomas:
corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso, com mau-cheiro;
prurido e/ou irritação vulvar;
dor pélvica (ocasionalmente);
sintomas urinários (disúria, polaciúria); e
hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa; teste de Schiller "onçóide").
Observações:
Mais da metade das mulheres portadoras de tricomoníase vaginal são completamente assintomáticas.
O simples achado de Trichomonas vaginalis em uma citologia oncótica de rotina impõe o tratamento da mulher e também do seu parceiro sexual, já que se trata de uma DST.
A tricomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncótica. Por isso, nos casos em que houver alterações morfológicas celulares, estas podem estar associadas à tricomoníase. Nesses casos, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após 2 a 3 meses, para avaliar se há persistência dessas alterações.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Para o diagnóstico das infecções genitais baixas, utiliza-se comumente o exame direto (a fresco) do conteúdo vaginal. Colhe-se uma gota do corrimento, coloca-se sobre a lâmina com uma gota de solução fisiológica, e observa-se ao microscópio, com o condensador baixo.
Exame do conteúdo vaginal a fresco: observam-se os parasitas flagelados movimentando-se ativamente entre as células epiteliais e os leucócitos.
Esfregaço do conteúdo vaginal corado pelos métodos de Gram, ou Giemsa, ou Papanicolaou.
Cultura: valiosa apenas em crianças, em casos suspeitos e com exame a fresco e esfregaço repetidamente negativos. É muito difícil de ser realizada pois requer meio específico e condições de anaerobiose (meio de Diamond).
Teste do pH vaginal: é um teste simples e rápido, feito com uma fita de papel indicador de pH colocada em contato com a parede vaginal, durante um minuto; deve-se tomar cuidado para não tocar o colo, que possui um pH básico, o que pode causar distorções na interpretação; valores acima de 4,5 sugerem tricomoníase.

TRATAMENTO
Metronidazol 2 g, VO, dose única, ou
Tinidazol 2 g, VO, dose única; ou
Secnidazol 2 g, VO, dose única; ou
Metronidazol 250 mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias.
DiagnósticoNo caso das mulheres, o diagnóstico geralmente estabelece-se em poucos minutos, examinando uma amostra da secreção vaginal ao microscópio. No caso dos homens, é necessária a coleta de secreção uretral por meio de Zaragatoa ou alça de platina, preferencialmente pela manhã, quando a secreção é mais abundante. A massagem prostática pode auxiliar na sua detecçaão. O material deve ser analisado imediatamente. Concomitantemente, devem ser efetuadas análises para outras doenças de transmissão sexual, cujo risco de contágio acompanha o da tricomoníase (Como Sífilis, HIV, Gonorréia e Hepatite B).Em ambos os sexos, pode fazer-se também o diagnóstico através da coleta de urina de primeiro jato, a qual é imediatamente concentrada por meio de centrifugação, e analisada em preparações a fresco à microscopia óptica (o parasita tem aspecto e motilidade característicos) ou em preparações coradas.

GIARDIA LAMBLIA/GIARDÍASE


1. Descrição da doença - doença diarréica causada  por um protozoário Giardia intestinalis (mais conhecido como Giardia lamblia); nas infecções sintomáticas apresenta um quadro de diarréia crônica, esteatorréia, cólicas abdominais, sensação de distensão, podendo levar a perda de peso e desidratação. Pode haver má absorção de gordura e de vitaminas lipossolúveis. Normalmente não há invasão extraintestinal, porém, às vezes, os trofozoítos migram pelos condutos biliares ou pancreáticos e ocasionam inflamações. Algumas infecções são assintomáticas.

2. Agente etiológico -  Giardia intestinalis, protozoário flagelado, foi inicialmente chamado de Cercomonas intestinalis  por Lambl em 1859 e renomeado Giardia lamblia por Stiles, em 1915, em memória do Professor A. Giard,  de Paris e Dr. F. Lambl, de Praga. Muitos consideram Giardia intestinalis, o nome correto para esse protozoário.

 Ciclo de vida:

A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.

3. Ocorrência - as giardíases possuem distribuição mundial. A infecção acomete mais crianças do que adultos. A prevalência é maior em áreas com saneamento básico deficiente e em instituições de crianças que não possuem controle de seus esfíncteres. Nos Estados Unidos, a transmissão de Giardia lamblia através da água é mais freqüente em comunidades montanhosas e de pessoas que obtém água de fontes sem tratamento de filtração adequado. A giardíase prevalece em alguns países temperados e também nos países tropicais, e há infecções freqüentes de grupos de turistas, que consomem água tratada inadequadamente.


4. Reservatório - os seres humanos atuam como importante reservatório da doença e, possivelmente, animais selvagens e domésticos podem atuar como reservatórios da giardíase. Os cistos presentes nas fezes dos seres humanos são mais infectantes do que os provenientes dos animais.

5. Período de incubação - depois de um período de incubação que varia de 5 a 25 dias, com uma média de 7 a 10 dias, podem aparecer infecções sintomáticas típicas.

6. Modo de transmissão - a transmissão de Giardia lamblia de pessoa a pessoa ocorre por transferência dos cistos presentes nas fezes de um indivíduo infectado, através do mecanismo mão-boca. É provável que as pessoas infectadas porém assintomáticas (situação muito comum), são mais importantes na transmissão do agente do que aquelas pessoas que apresentam diarréia (infecção sintomática). A transmissão ocorre quando há a ingestão de água contaminada com fezes contendo o cisto,  e com menor freqüência, por alimentos contaminados pelas fezes. As concentrações de cloro utilizadas para o tratamento da água não matam os cistos da Giardia, especialmente se a água for fria; água não filtrada proveniente de córregos e rios expostos a contaminação por fezes dos seres humanos e dos animais constitui uma fonte de infecção comum. A Giardia não é transmitida através do sangue. Pode ser transmitida também através da colocação de algo na boca que entrou em contato com fezes contaminada; da ingestão de água contaminada por Giardia; agua de piscinas, lagos, rios, fontes, banheiras, reservatórios de água que possam estar contaminado por fezes de animais e/ou seres humanos infectados ou  através da ingestão de alimentos mal cozidos contaminado por Giardia.

7. Susceptibilidade e resistência – a taxa de portadores assintomáticos é alta e a infecção costuma ser de curso limitado. Não existem fatores específicos do hospedeiro que influenciam na resistência.

8. Conduta médica e diagnóstico - a giardíase é diagnosticada pela identificação dos cistos ou trofozoítos nas fezes; o médico deve repetir o exame pelo menos três vezes antes de fechar o diagnóstico, através de exames diretos e processos de concentração. A identificação de trofozoítos no liquido duodenal e na mucosa através da biopsia do intestino delgado pode ser um importante método diagnóstico. É muito importante que seja feito o diagnóstico diferencial com outros patógenos que podem causar um quadro semelhante. A suspeita de casos de Giardia e outras diarréias devem ser notificadas à vigilância epidemiológica local, regional ou central, para que a investigação epidemiológica seja desencadeada na busca dos fatores causadores e medidas de controle sejam tomadas. O serviço de saúde deve registrar o quadro clínico do paciente e sua história de ingestão de água e alimentos suspeitos nas últimas semanas, bem como, solicitar os exames laboratoriais necessários para os casos suspeitos.

9. Tratamento - o tratamento deve ser feito com metronidazol ou tinidazol. Apesar da doença infectar todas as pessoas, crianças e mulheres grávidas podem ser mais susceptíveis a desidratação causada pela diarréia, portanto, deve-se administrar fluiodoterapia se necessário. Furazolidona é também utilizada no tratamento de amebíases.

10. Medidas de controle -  1) notificação de surtos - a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas (medidas educativas, verificação das condições de saneamento básico e rastreamento de alimentos). Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas – a infecção é prevenida evitando-se ingerir água ou alimentos que possam estar contaminados com as fezes; educação sanitária desempenha um importante papel na prevenção da doença; a água proveniente de abastecimentos públicos localizados em áreas de risco devem ser filtradas; etc.. 3)medidas em epidemias – a investigação epidemiológica dos casos é necessária ser feita em grupos, uma região ou instituição, para saber precisamente a fonte de infecção e o modo de transmissão; com o intuito de identificar e eliminar o veículo comum de transmissão. O controle da transmissão de pessoa-a-pessoa requer higiene rígida pessoal e disposição sanitária das fezes.

11. Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença

1.     CDC/ATLANTA/USA. DPDx  - Giardiasis Infection Fact Sheet. In: Search, http://www.cdc.gov
2.     FDA/CFSAN Bad Bug Book – Giardia lamblia. Internet http://www.fda.gov

3.     BENENSON, AS. El Control de las enfermidades transmisibles en
el hombre. 15º ed. Washington, DC: Informe oficial de la Asociación Estadounidense de Salud Pública,1992: 652 257-260.

Giardíase


Amebíase


A Amebíase humana ocorre quando o protozoário Entamoeba histolytica é ingerido através de algum alimento contaminado. Ele fica no intestino grosso, de onde come (fagocita) o nosso alimento digerido, e também pode ocorrer de comer parte da parede intestinal, podendo atingir a corrente sanguínea e depois, ir para o cérebro e coração.
O E. histolytica toma a forma de um cisto quando está fora do corpo humano. No cisto, a ameba fica muito mais resistente, podendo viver durante anos dentro da água de rios, lagos, verduras, etc; Quando o homem os ingere novamente, o cisto se quebra liberando as amebas, fechando o ciclo.

Sintomas
Os sintomas da amebíase variam muito, indo desde diarréias agudas (e com sangue) até dores abdominais mais fracas.

Transmissão
- Alimentos e água infectados;
- Contatos sexuais anal-oral;

Prevenção
Manter a higiene é essencial para prevenir essa doença. Lavar as mãos após usar o banheiro, lavar muito bem as verduras, frutas, etc; Não utilizar excrementos animais como fertilizante nas lavouras, combater insetos que podem facilmente se contaminar, como moscas, baratas, ratos, etc;

Tratamento Formas intestinais: Secnidazol – Adultos – 2g, em dose única. Crianças – 30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando máximo de 2g/dia. Deve ser evitado no 1º trimestre da gravidez e durante amamentação. 2º opção – Metronidazol, 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se 35mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias.
Formas graves: (Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extra-intestinal) -Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. 3ª opção – Tinidazol, 2g, VO, para adultos, após uma das refeições, durante 2 dias, para formas intestinais.
(fonte: www.saude.mg.gov.br)

Ciclo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Uma abordagem histórica da trajetória da parasitologia


Site com artigos científicos em que além de visualiza-los, você pode fazer download. Segue link do site e um artigo sobre a história da trajetória da parasitologia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ação dos Parasitos sobre o Hospedeiro

   Nem sempre a presença de um parasito em um hospedeiro indica que está havendo ação patogência do mesmo. Entretanto, essa ausência de patogenicidade é rara, de curta duração e, muitas vezes, depende da fase evolutiva do parasito. Em geral, os distúrbios que ocorrem são de pequena monta, pois há uma tendência de haver um equilíbrio entre a ação do parasito e a capacidade de resistência do hospedeiro. "A doença parasitária é um acidente que ocorre em consequência de um desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito. " "O grau de intensidade da doença parasitária depende de vários fatores, dentre os quais salientam: o número de formas infectantes presentes, a virulência da cepa, a idade e o estado nutricional do hospedeiro, os órgãos atingidos, a associação de um parasito com outras espécies e o grau da resposta imune ou inflamatória desencadeada." Em verdade, a morte do hospedeiro representa também a morte do parasita, o que, para este, não é bom...Dessa forma, vê-se que a ação patogênica dos parasitos é muito variável, podendo ser assim apresentada:

  • AÇÃO ESPOLIATIVA
   Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. É o caso dos Ancylostomatidae, que ingerem sangue da mucosa intestinal (utilizam esse sangue para obtenção de Fe e O2 e não para se nutrirem dele diretamente) e deixam pontos hemorrágicos na mucosa, quando abandonam o local da sucção. Outro exemplo é o mosquito.


  • AÇÃO TÓXICA
    Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Exemplos: as reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. lumbricoides, as reações teciduais (intestino, fígado, pulmões) produzidas pelas secreções no miracídio dentro do ovo do S. mansoni etc. 

  • AÇÃO MECÂNICA
     Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Assim, o enovelamento de A. lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G. lamblia, "atapetando" o duodeno etc.

  • AÇÃO TRAUMÁTICA
        É provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. Assim, a migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae; as lesões hepáticas pela migração da F. hepatica jovem; as úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostomatidae e T. trichiura; o rompimento das hemácias pelos Plasmodium etc.

  • AÇÃO IRRITATIVA
       Deve-se à presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Como exemplo, temos a ação das ventosas dos Cestoda ou dos lábios dos A. lumbriocoides na mucosa intestinal.

  • AÇÃO ENZIMÁTICA
          É o que ocorre na penetração da pele por cercárias de S. mansoni; a ação da E. histolytica ou dos Ancylostomatidae para lesar o epitélio intestinal e, assim, obter alimentos assimiláveis etc.

  • ANÓXIA
        Qualquer parasito que consuma o O2 da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada. É o que acontece com os Plasmodium ou, em infecções maciças, pelos Ancylostomatidae.

Fonte: Parasitologia humana / [editor] David Pereira Neves. - 11. ed. -
São Paulo Editora Atheneu, 2010.

Tipos de Associações entre os animais


Os animais, individualmente, nascem, crescem, reproduzem-se, envelhecem e morrem, porém a espécie  normalmente, se adapta, evolui e permanece como uma população ou grupo. São diversos os fatores que regulam esses fenômenos individuais e populacionais, que procuram, em última análise, permitir a cada indivíduo a melhor forma de obtenção de alimento e abrigo. Para tal fim muitas espécies passam a conviver num mesmo ambiente, gerando associações ou interações que podem não interferir entre si. Essas associações podem ser:

  • harmônicas ou positivas, quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo;
  • desarmônica ou negativa, quando há prejuízo para algum dos participantes.
Assim, considera-se como harmônicas o comensalismo, o mutualismo, a simbiose e, como desarmônicas, a competição, o canibalismo, o predatismo e o parasitismo. Como conceituado abaixo os tipos de associações mais frequentes:

  • COMPETIÇÃO
É uma associação desarmônica na qual exemplares da mesma espécie ou de espécie diferentes lutam pelo mesmo abrigo ou alimento.

  • CANIBALISMO
É o ato de um animal se alimentar de outro da mesma espécie ou da mesma família.

  • PREDATISMO
É quando uma espécie animal se alimenta de outra espécie. Isto é, a sobrevivência de uma espécie depende da morte de outra espécie (cadeia alimentar).

  • PARASITISMO
É a associação entre seres vivos, na qual existe unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo para este. De modo geral, essa associação tenda para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasito. Assim, nas espécies em que essa associação vem sendo mantida há milhares de anos raramente o parasito leva o hospedeiro à morte.

  • SIMBIOSE
É a associação entre seres vivos, na qual há uma troca de vantagens a nível tal que esses seres são incapazes de viver isoladamente.


Fonte: Parasitologia humana / [editor] David Pereira Neves. - 11. ed. -
São Paulo Editora Atheneu, 2010.

Video Educativo Galinha Pintadinha


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Introdução à Parasitologia Humana



Parasitologia humana é o estudo dos parasitas ou das doenças parasitárias humanas, seus métodos de diagnóstico e controle.


As chamadas doenças parasitárias ainda são responsáveis por um alto índice de morbidade ao redor do mundo. Apesar do grande avanço tecnológico, do alto padrão educacional, da boa nutrição e de boas condições sanitárias, mesmo os países desenvolvidos estão sujeitos a doenças parasitárias. Desta forma, a parasitologia humana mantém seu auge em importância.

Os parasitos são organismos que vivem sobre um hospedeiro e sobre suas custas. Sendo que é um organismo capaz de transmitir agentes infecciosos. Podendo ou não desenvolver-se enquanto encontra-se no chamado VETOR, que pode ser um Artrópode molusco ou outros veículos.

Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes, em que um deles, denominado parasita, vive no corpo do outro, denominado hospedeiro, do qual retira alimentos.


Embora os parasitas possam causar a morte dos hospedeiros, de modo geral trazem-lhe apenas prejuízos.


Quanto à localização no corpo do hospedeiro, os parasitas podem ser classificados em ectoparasitas (externos) e endoparasitas (internos).


Os exemplos mais comuns de ectoparasitas são os piolhos, os carrapatos, o cravo da pele, o bicho-de-pé e o bicho da sarna, além de outros. Exemplos de endoparasitas são o plasmódio e o tripanossomo, protozoários causadores, respectivamente, da malária e da doença de Chagas. São exemplos, também, os vírus, causadores de várias doenças, desde a gripe até a febre amarela e a AIDS.

 O Parasitismo desempenha um papel importante modificando a fisiologia e comportamento de seus hospedeiros. 


Fonte: Parasitologia humana / [editor] David Pereira Neves. - 11. ed. -
São Paulo Editora Atheneu, 2010.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

GLOSSÁRIO




Agente Etiológico: É o agente causador ou responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto.

Agente Infeccioso: Parasito, sobretudo, microparasitos (bactérias, fungos, protozoários, vírus etc.) inclusive helmintos, capazes de produzir infecção ou doença infecciosa (OMS, 1973).

Anfixenose: Doença que circula indiferentemente entre humanos e animais, isto é, tanto os humanos quanto os animais funcionam como hospedeiros do agente. 

Antroponose: Doença exclusivamente humana. 

Antropozoonose: Doença primária de animais, que pode ser transmitida aos humanos.

Cepa: Grupo ou linhagem de um agente infeccioso, de ascendência conhecida, compreendida dentro de uma espécie e que se caracteriza por alguma propriedade biológica e/ou fisiológica.

Contaminação: é a presença de um agente infeccioso na superfície do corpo, roupas, brinquedos, água, leite, alimentos etc.

Doença Metaxênica: Quando parte do ciclo vital de um parasito se realiza no vetor; isto é, o vetor não só transporta o agente, mas é um elemento obrigatório para maturação e/ ou multiplicação do agente.

Enzoose: Doença exclusivamente de animais.

Endemia: É a prevalência usual de determinada doença com relação à área. Normalmente, considera-se como endêmica a doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma ideia de equilíbrio entre a doença e a população, ou seja, é o número esperado de casos de um evento em determinada época.

Epidemia ou Surto Epidêmico: É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação. Quando do aparecimento de um único caso em área indene de uma doença transmissível.

Epidemiologia: É o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da freqüência de uma doença (ou outro evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição(idade, sexo, raça, geografia etc.) e os fatores determinantes da freqüência (tipo de patógeno, meios de transmissão etc.) de uma doença.

Espécies Alopátricas: São espécies ou subespécies do mesmo gênero, que vivem em ambientes diferentes, devido à existência de barreiras que as separaram.

Espécies Simpátricas: São espécies ou subespécies do mesmo gênero, que vivem num mesmo ambiente.

Espécie Eurítopa: é a que possui ampla distribuição geográfica, com ampla valência ecológica, e até com hábitats variados.

Espécie Estenótopa: é a que apresenta distribuição geográfica restrita com hábitats restritos.

Estádio: É a fase intermediária ou intervalo entre duas mudas da larva de um artrópode ou helminto.

Estágio: é a forma de transição (imaturos) de um artrópode ou helminto para completar o ciclo biológico.

Fase Aguda: É aquele período após a infecção em que os sintomas clínicos são mais marcantes (febre alta etc.). É um período de definição: o indivíduo se cura, entra na fase crônica ou morre.

Fase Crônica: É a que se segue à fase aguda; caracteriza-se pela diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o agente infeccioso. O número do parasitos mantém uma certa constância. É importante dizer que este equilíbrio pode ser rompido em favor de ambos os lados.

Fômite: é representado por utensílios que podem veicular o parasito entre hospedeiros. Ex: Roupas, seringas  etc.

Fonte de Infecção: É a pessoa, coisa ou substância da qual um agente infeccioso passa diretamente a um hospedeiro. Essa fonte de infecção pode estar situada em qualquer ponto da cadeia de transmissão.

Hábitat: É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou população vive.

Heteroxeno: Ver Parasito heteroxênico.

Hospedeiro: É um organismo que alberga o parasito. Ex: o hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser humano 

Hospedeiro Definitivo: é o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual.

Hospedeiro Intermediário: É aquele que apresenta o parasito em fase larvária ou assexuada.

Hospedeiro Paratênico ou de Transporte: É o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira.

Incidência: é a freqüência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo definido e com relação à população (casos novos, apenas).

infecção: Penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um agente infeccioso dentro do organismo de humanos ou animais (inclusive vírus, bactérias, protozoários e helmintos)

Infecção Inaparente: Presença de infecção num hospedeiro, sem o aparecimento de sinais ou sintomas clínicos. (Nesse caso, pode estar em curso uma patogenia discreta, mas sem sintomatologia; quando há sintomatologia a infecção passa a ser uma doença infecciosa.)

infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou vestes. (Pode-se dizer também que uma área ou local está infestado de artrópodes.)

Letalidade: Expressa o número de óbitos com relação a determinada doença ou fato e com relação à população.

Morbidade: Expressa o número de pessoas doentes com relação à população.

Mortalidade: Determina o número geral de óbitos em determinado período de tempo e com relação à população.

Parasitemia: Reflete a carga parasitária no sangue do hospedeiro.

Parasitismo: É a associação entre seres vivos, em que existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela associação. desse modo, o parasito é o agressor, o hospedeiro é o que alberga o parasito. Podemos ter vários tipos de parasitos:
                  Endoparasito: O que vive dentro do corpo do hospedeiro.
                  Hiperparasito: O que parasita outro parasito.

Parasito Acidental: É o que parasita outro hospedeiro que não o seu normal.

Parasito Errático: É o que vive fora do seu hábitat normal.

Parasito Estenoxênico: É o que parasita espécies de vertebrados muito próximas.

Parasito Eurixeno: É o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes.

Parasito Facultativo: É o que pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro (nesse último caso, isto é, quando não está parasitanto, é chamado vida livre). 

Parasito Heterogenético: É o que apresenta alternância de gerações. Ex: Plasmodium, com ciclo assexuado no mamífero e sexuado no mosquito.

Parasito Monoxênico: É o que possui apenas o hospedeiro definitivo.

Parasito Monogenético: É o que não apresenta alternância de gerações (isto é, possui um só tipo de reprodução sexuada ou assexuada).

Parasito Obrigatório: É aquele incapaz de viver fora do hospedeiro.

Parasito Periódico: É o que frequenta o hospedeiro intervaladamente.

Parasitóide: É a forma imatura (larva) de um inseto (em geral da ordem Hymenoptera) que ataca outros invertebrados, quase sempre levando-os à morte (parasitóide = parasito proteleano).

Partenogênese: desenvolvimento de um ovo sem interferência de espermatozoide (parthenos = virgem, mais genesis = geração).

Patogenia ou Patogênese: É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro.

Patogenicidade:  É a habilidade de um agente infeccioso provocar lesões.

Patognomônico: Sinal ou sintoma caraterístico de uma doença.

Pedogênese: É a reprodução ou multiplicação de uma forma larvária (pedos = jovem mais genesis = geração).

Período de Incubação: É o período decorrente entre o tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos.

Período Pré-Patente: É o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex: esquistossomose mansoni-período entre a penetração da cercária até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis), aproximadamente, 43 dias.

Poluição: É a presença de substâncias nocivas (produtos químicos, por exemplo) mas não-infectante, no ambiente (ar, água, leite, alimento etc.).

Portador: Hospedeiro infectado que alberga o agente infeccioso, sem manifestar sintomas, mas capaz de transmiti-lo a outrem. Nesse caso, é também conhecido como "portador assintomático", quando ocorre doença e o portador pode contaminar outras pessoas em diferentes fases, temos o "portador em incubação", "portador convalescente", "portador temporário", "portador crônico".

Premunição ou Imunidade Concomitante: É um tipo especial do estado imunitário ligado à necessidade da presença do agente infeccioso em níveis assintomáticos no hospedeiro. Normalmente, a premunição é encarada como sendo um estado de imunidade que impede reinfecções pelo agente infeccioso específico.

Prevalência: Termo geral utilizado para caraterizar o número total de casos de uma doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos antigos somados aos casos novos).

Profilaxia: É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos. Essas medidas são baseadas na epidemiologia de cada doença. (Prefiro usar os termos "profilaxia", quando uso medidas contra uma doença já estabelecida e "prevenção", quando uso medidas para evitar o estabelecimento de uma doença).

Reservatório: São o homem, os animais, as plantas, o solo e qualquer matéria orgânica inanimada onde vive e se multiplica um agente infeccioso, sendo vital para este a presença de tais reservatórios e sendo possível a transmissão para outros hospedeiros (OMS). O conceito de reservatório vivo, de alguns autores, é relacionado com a capacidade de manter a infecção, sendo esta pouco patogênica para o reservatório.

Sinantropia: É a habilidade de certos animais silvestres (mamíferos, aves, insetos) frequentar habitações humanas, isto é,  pela alteração do meio ambiente natural houve uma adaptação do animal que passou a ser capaz de conviver com o homem.

Vetor: é um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiro.

Vetor Biológico: É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor.

Vetor Mecânico: É quando o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte.

Virulência: É a severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro.

Zooantroponose: Doença primária dos humanos, que pode ser transmitida aos animais.

Zoonose: Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. Atualmente, são conhecidas cerca de 100 zoonoses.

                                                                                   Fonte: Parasitologia humana / [editor] David Pereira Neves. - 11. ed. -
São Paulo Editora Atheneu, 2010.